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Os livros Kojiki e Nihonshoki descrevem que a deusa do sol Amaterasu, zangada com as travessuras do seu irmão mais novo Sussano, escondeu-se numa caverna, tornando o mundo escuro e frio.
Inconformado com a situação, a deusa do amanhecer e da folia Amenouzume liderando outros deuses, iniciou uma dança barulhenta e selvagem na porta da caverna.
Curiosa com tanto barulho, a deusa Amaterasu abriu a porta da caverna para ver o estava ocorrendo.
Neste momento a luz voltou no mundo.
Acredita-se que Kagura é uma dança folclórica que teve origem neste episódio.
Inicialmente conhecido como Kamukura ou Kamikura, a dança era praticada na corte imperial pelas Mikosan(donzelas do santuário) que supostamente descendiam da deusa Amenouzume.
Com o passar dos tempos, a dança praticada nos recintos da corte imperial, inspiraram danças rituais populares conhecidas por Satokagura(kagura local), que se espalhou por todo o país.
Muitas variações se desenvolveram ao longo dos séculos, incluindo algumas que são bastante novas e a maioria das quais se tornaram tradições populares altamente secularizadas.
O Kagura com suas formas que envolvem narração ou reconstituição de fábulas, teve bastante influência no teatro Noh.
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Yokagura de Takachiho.
Na província de Miyazaki em Kyushu, na região de Takachiho também é cultivado o Kagura.
Uma vez por ano é realizado o festival Kagura na região onde os moradores locais convidam as divindades para oferecer lhes a dança que é praticada em 33 modalidades distintas.
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Durante as danças os protagonistas não representam as divindades e sim, são possuídos por elas, assim acredita a população local.
O Yokagura(Kagura noturno) é uma versão dirigida a turistas realizado todos os dias entre novembro e fevereiro de cada ano.
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Os protagonistas dançam com máscaras ao som de tambores e flautas criando um ambiente místico dentro do Kagurayado(nome dado para a edificação).
Eu adorei assistir o espetáculo, até hoje ainda flutuam na minha mente aquelas divindades do antigo Japão.
Mapa de localização de Takachiho.